O Desafio da Regulamentação das Redes Sociais, Segundo Sthefano Cruvinel CEO da EvidJuri
A regulamentação das redes sociais tem tomado cada vez mais espaço em debates envolvendo órgãos internacionais, como a ONU, governos de países de todo o mundo, empresas e, em menor patamar, entre a própria sociedade civil. Não é que as pessoas tenham menor interesse pelo assunto, ao contrário, a questão é que boa parte das informações que chegam até os usuários é repassada via redes sociais. As pessoas se habituaram a ver notícias e acontecimentos simplesmente abrindo um aplicativo no celular. E aí está o X da questão, com o perdão da comparação com uma dessas plataformas. Mas a citação é pertinente.
O que as plataformas de redes sociais mais buscam alcançar como meta (ops, novamente uma citação) é o tempo de tela. Quanto mais tempo os usuários passam rolando o dedo para cima, mais chance de ver novos produtos e serviços de anunciantes e, consequentemente, mais dinheiro as empresas de tecnologia ganham. Então, a falta de uma regulamentação não preocupa em nada as big techs. Já o debate sobre uma legislação que as enquadre e atribua responsabilidades, sim.
Quando um assunto considerado polêmico é postado nas redes sociais, imediatamente há um enorme engajamento. Todos querem dar sua opinião sobre o assunto, se colocar a favor ou contra, assumir uma posição. E, mesmo quem fica em cima do muro, não se exime ao menos de repassar o post adiante, compartilhando com amigos e grupos diversos. É essa dinâmica que faz crescer o interesse pelas plataformas e prender a atenção dos usuários. Daí, a defesa em deixar o terreno virtual livre de regras. É o que tem acontecido recentemente com algumas empresas reduzindo seu sistema de moderação e tirando barreiras que possam filtrar determinados tipos de conteúdo. Para além de posts ideológicos, essa abertura pode dar brecha para a proliferação de conteúdos considerados ofensivos, violentos, discriminatórios.
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