Cuidado, pode ser golpe!

Evidjuri
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Segurança
24/06/2024
Cuidado, pode ser golpe!
Os golpes financeiros não só aumentaram como também evoluíram muito ao longo dos anos fazendo cada vez mais vítimas, principalmente, com o surgimento da internet.

Os golpes financeiros não só aumentaram como também evoluíram muito ao longo dos anos fazendo cada vez mais vítimas, principalmente, com o surgimento da internet.

É difícil precisar quando foi que surgiram os primeiros golpistas, entretanto, há relatos históricos de antigos mercadores gregos tentando reivindicar seguros afundando os próprios navios e até de soldados do exército romano colocando à venda o trono do imperador. Portanto, não é de hoje que fraudes acontecem, só que o mundo evoluiu e com isso aumentaram também o número de golpistas, que estão cada vez mais ativos nos meios digitais.

Num breve resgate histórico de casos envolvendo golpes e fraudes (conceitos um pouco diferentes, mas com o mesmo objetivo de lesar pessoas), agora avançando além dos tempos da Grécia e Roma antigas, houve um caso famoso que surgiu como fraude há mais de 100 anos.

Eu me refiro ao 419, também conhecido por outros dois nomes: Advance-Fee e Golpe do Príncipe Nigeriano, que envolveu o envio de cartas, sendo a primeira devidamente documentada em 1920. Escrita por um certo P. Crentsil a um destinatário na colônia britânica da Costa do Ouro, atual Gana.

No manuscrito, Crentsil falava dos poderes mágicos que possuía e que podiam, mediante o pagamento de uma taxa, serem utilizados em benefício do seu correspondente. Ele assinava "P. Crentsil, Professor de Maravilhas”. Essa fraude chamada de “Quatro-Um-Nove" é uma referência ao Artigo 419 do código penal da Nigéria, que trata do crime de fraude.

O tempo passou, os golpes seguiram acontecendo e avançamos para os primórdios da era digital. Falando de golpes digitais, esses são mais antigos do que se possa imaginar. O phishing por e-mail supostamente ocorreu pela primeira vez no início da década de 1970, embora geralmente seja aceito que esse termo foi cunhado e a prática se tornou comum em meados da década de 1990.

Desde então, o mundo online tem visto os fraudadores, sempre um passo à frente, tentarem tudo, desde endereços de e-mails falsos até à utilização de informações recolhidas em violações massivas de dados. Nesse caso, o valor de 47 milhões de dólares foi a maior quantia de dinheiro que uma única pessoa perdeu num esquema fraudulento de e-mail.

Em janeiro de 2016, o CEO da fabricante austríaca de peças aeroespaciais FACC, Walter Stephan, foi vítima de uma fraude cibemética que custou à empresa 42 milhões de euros (47 milhões de dólares). No golpe, hackers roubaram o dinheiro se fazendo passar por Stephan em um e-mail. O CEO acabou demitido.

O problema é que com a internet os golpes se multiplicaram. O roubo de palavras-passe, a invasão de websifes e o Spyware — entre outros — proliferaram a um ritmo alarmante ao mesmo tempo pelo mundo todo. Sem falar na criação de contas falsas em diversas plataformas.

Por falar em falso pagamento, temos alguns exemplos recentes. Foram notícias sobre duas fraudes digitais que até viraram manchetes em jornais.

Na primeira, criminosos usaram sites falsos que simulavam a página de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para aplicar golpes nos candidatos. Cinco sites fraudulentos foram identificados e a Polícia Federal acionada. Os sites falsos que simulam o exame tinham o /syout parecido com o ofícial, mas não contava com o domínio gov.br na URL — que indica quando uma página é do govemo federal

Na segunda foi a vez de golpistas usarem também sites falsos para roubar dinheiro dos consumidores na hora do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) Nesse caso, auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) e policiais civis desariicularam uma quadrilha que operava os falsos links. Ao todo, funcionavam em poder de golpistas cerca de 300 empresas falsas cujos sites para prática da fraude eram parecidos com os oficiais e de algumas grandes redes varejistas.

Sobre esse úlimo, o golpe do IPVA, cheguei a ser entrevistado por um canal de TV comentando o assunto e destacando alguns cuidados que as pessoas devem fer quando estão realizando algum tipo de negócio ou transação financeira pela internet. Diante dessa realidade e já finalizando, o que posso dizer a respeito e qual conselho dar para servir de precaução contra fraudes e golpes digitais? Quando um site é seguro?

Primeiramente, ressaltar que os golpes financeiros fazem parte da história do mundo desde sempre. Contudo, a tecnologia avançou de maneira exponencial criando um tertório muito propício aos golpistas que estão se proliferando e desenvolvendo estratégicas cada vez sofisticadas, fazendo milhares de vítimas todos os dias.

Sobre golpes oníne, o alerta que faço é o seguinte: se um detemminado produto é anunciado a um preço incrivelmente baixo, que parece bom demais para ser verdade, isso é um claro sinal de alerta. Outro sinal é se 2 outra parte insistir no pagamento imediato ou no pagamento por transferência eletrônica de valores ou serviço de transferência eletrônica. Podem até pedir que você compre vouchers antecipadamente para que tenha acesso a uma oferta ou liquidação de produto.

Quanto à segurança online, um aspecto fundamental é ter a capacidade de identifcar sites falsos. Para evitar golpes em sites, como foi o caso do IPVA citado anteriormente, existem vários sinais de alerta a serem observados.

Para começar, certifique-se de verificar o nome de domínio do site, especialmente se for redirecionado para o site a partir de outra página ou e-mail. Às vezes, os golpistas criam sites cujos nomes de domínio parecem semelhantes a marcas ou organizações conhecidas - por exemplo, alterando uma letra ou adicionando uma palavra.

Pode também procurar informações adicionais sobre um domínio em caso de suspeita. O rastreador de domínio 'whois domaintools fomece informações sobre em nome de quem um domínio está registrado, onde ele está e há quanto tempo o se está ativo.

“Ainda é aconselhável verificar a barra de endereço de um site. Qualquer site que o convide a enviar informações pessoais precisa ser seguro, o que você pode perceber se o URL começar com hflps;/ em vez de htip//- 0 "5"
Significa “seguro”. Sites seguros também exibirão um ícone de cadeado na barra de endereço URL. Isso significa que o site possui um certificado SSL.

Outro indício é o conteúdo do site que pode dar uma percepção de confiabilidade. Se o conteúdo estiver mal escrito, com vários erros ortográficos ou gramaticais, isso é um possível sinal de alerta. À falta de informações, como a falta de termos e condições e de política de privacidade, ou a falta de políica de devolução em um site de compras, também pode indicar que o site pode não ser legítimo.

“Aconselhável verificar se há métodos de pagamento seguros ao fazer uma compra oníine. Sites legítimos devem oferecer opções de pagamento padrão, como cartões de crédito ou PayPal. Se um sie soliciar que você use transferência eletrônica, ordem de pagamento ou outra forma de pagamento não segura (e não reembolsável), é melhor ficar longe.

Finalmente, as avaliações podem ser outra ferramenta úti para verifcar sites. Você pode pesquisar o site em sites que agregam avaliações oníine. Se as avaliações parecerem estranhamente semelhantes ou forem todas novas, lembre-se de que podem ser avaliações falsas. Se não existirem avaliações, isso é motivo de preocupação.

Fonte: Jornal de Uberaba

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